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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Complexos, quem não os tem

E eu não seria uma exceção.
Por mais “moleque” que eu fosse, às vezes o complexo pela minha deficiência física batia no peito e eu me recolhia nos meus pensamentos, nos meus porquês. Eu tinha dificuldades com os relacionamentos amorosos, no meu modo de vestir, entre outros. O violão era a minha “arma de defesa”. Com ele eu conseguia quebrar barreiras, frequentar festinhas (baladas), e com a minha facilidade de contar piadas, conseguia arrebanhar vários fãs, menos vocês meus queridos blogueiros que ainda não se cadastraram como meus seguidores (é tão simples, tão fácil e indolor).
Raramente eu usava shorts ou bermudas. Sempre com aquelas horríveis calças compridas. Jeans? Nem pensar. Sunga? Que nome feio! Andar descalço, usar tênis? O meu nobre e único pé só conhecia sandálias franciscanas e sapatos.
Memórias vêm, memórias vão!
Um dia fui á praia de Icaraí com os colegas. Andar na areia com as muletas não é nada fácil, e eu ia ficando para trás, quando me desequilibrei e caí. Esperto gritei para o grupo: Hei turma, este lugar está ótimo! Eu não sei se eles perceberam o que tinha acontecido, mas todos voltaram e ficaram comigo.
Vocês não vão acreditar, mas podem acreditar. No tempo do nosso namoro (eu e Regina), fomos conhecer Paquetá, quando Paquetá era PA QUE TÁ. Passeamos muito, andamos de charrete, ela andou de bicicleta e depois fomos tomar um gostoso banho de mar. Para surpresa da Regina, qual foi o meu “modelito” de banho? O mesmo que eu estava usando o dia todo: camisa de manga e aquela calça comprida horrorosa. Com o passar do tempo e tendo mais confiança no nosso namoro, eu fui começando a tirar a roupa. Calma! Tirar a roupa significa começar a usar short, bermuda, sunga, camiseta, “mamãe sou forte”, tênis, ficar descalço.
Para terminar.
A “galera”, quase todo final de semana, marcavam reuniões festivas na casa de um deles. Estava eu sentado curtindo uma dessas festas, com o meu violão de baixo do braço e muitas piadas idiotas na boca quando uma amiga minha (é melhor do que uma minha amiga) resolveu me chamar para dançar (aquela que me fez uma visitinha vestida de noiva com marido a tiracolo). Eu olhei espantado para ela por causa do convite e pela presença do seu namorado (futuro esposo). Ela começou a fazer um escândalo. Achava um absurdo que eu não fosse dançar com ela. Que isso seria uma desfeita muito grande. Então, lá fui eu pro meio do salão. No começo até que a dança ia bem, ela segurou a minha cintura e eu as muletas. Pra lá e pra cá, pra cá e pra lá. Comecei a gostar e a ficar animado. De repente, resolvi lagar as muletas e segurar na sua cintura. PLAFT! PLEIM! BUMM! Foram os dois para o chão. Ela me deu uma bronca daquelas e eu fiquei cheio de vergonha.
Não é nada fácil ser deficiente físico.

2 comentários:

  1. OI AMIGO, EU TAMBÉM TINHA COMPLEXO NA ADOLESCÊNCIA, IMAGINA, TINHA SEIOS GRANDES (SE FOSSE HOJE) E TINHA VERGONHA NÃO QUERIA NEM NAMORAR,ATÉ QUE ENCONTREI O JOÃO MIGUEL QUE ME ACEITOU E ESTAMOS NAMORANDO ATÉ HOJE DEPOIS DE TRINTA E CINCO ANOS.É O AMOR.

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  2. nussa, a gente nunca para pra pensar nisso, cada um fica no seu próprio complexo.....
    x?

    mas de fato é bobeira, a gente tem que se aceitar para os outros tbm nos aceitarem!
    e vc parece se virar super bem

    imaginei a cena da dança..... huauahuahauhauahuahauhauhauahuahuahauaaa

    abraço!
    bom fds

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