Meus bichinhos

Vovó tinha uma pastora alemã (cachorra) chamada Loana.

Ela era incrível, grande, bonita, forte e bem treinada, mas tinha muito ciúme da vovó (quem tentava se aproximar, ela rosnava e ameaçava atacar). Aconteceu um dia que o farmacêutico foi até em casa para dar injeção na vovó. Foi fantástico ver a Loana calma, pertinho da vovó, só olhando e esperando o farmacêutico terminar a aplicação. Depois que ele aplicou, foi um Deus nos acuda para segura-la. Por pouco ela mordeu o pobre do homem.

E quando eu levava meus tombos? Ela se aproximava de mim e ficava bem quietinha, como estátua, para que eu pudesse me levantar me apoiando sobre o seu corpo. Infelizmente ela resolveu “brincar” com uma ratazana que encontrou no quintal. Ficou doente, não queria mais se alimentar, e um dia, se foi.

Passados alguns meses papai levou para casa o Bob. Um vira-lata. Branquinho!

Eu era “apaixonado” por ele. Nós brincávamos muito. Quando eu chegava do colégio, o Bob já estava na porta latindo de alegria (ele não abanava o rabo porque não tinha rabo). Um dia, o engraçadinho resolveu brigar com uma gata da vizinha. Acabou se ferindo e ficou cego de um olho. Alguns dias depois quando cheguei em casa, não ouvi os latidos do Bob. Papai me levou até o quintal e me mostrou onde tinha o enterrado.

Só fui me interessar por animais muitos anos depois. Ganhei um filhote de pastor alemão que acabei dando para uma amiga. Ela colocou o nome dele de Paul Fellow – Companheiro Paulo.

Obs.: as fotos são meras ilustrações.