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sábado, 3 de julho de 2010

“Não meter-me na tua vida?!!!” – parte 1/2

Pai, mãe, não se metam na minha vida! (Texto escrito por um sacerdote)
Hoje que estou aprofundando meus estudos teológicos na família, seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos, recordo-me de uma ocasião em que escutei um jovem gritar para seu pai: “não te metas na minha vida! “
Essa frase tocou-me profundamente. Tanto que, freqüentemente, a recordo e comento nas minhas conferências com pais e filhos.
Se, em vez de sacerdote, tivesse optado por ser pai de família, o que diria ante essa exclamação impertinente de meu (minha) filho(a)? esta poderia ser a minha resposta:

Filho, um momento, não sou eu que me meto na tua vida, foste tu que te meteste na minha!
Faz muitos anos, graças a Deus, e pelo amor que tua mãe e eu sentimos, chegaste às nossas vidas e ocupaste todo nosso tempo.
Ainda antes de nasceres, tua mamãe sentia-se mal, não conseguia comer, tudo o que comia, vomitava.
E tinha que ficar de repouso. Tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa
para ajudá-la. Nos últimos meses, antes que chegasses, tua mãe não dormia e não me deixava
dormir.
Os gastos aumentaram incrivelmente, tanto que grande parte do que ganhava era gasto contigo, para pagar um bom médico que atendesse tua mamãe e a ajudasse a ter uma gravidez saudável, em medicamentos, na maternidade, em comprar-te todo um guarda-roupa etc.
Tua mãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti, compramos tudo o que podíamos, contando que tu estivesses bem e tivesses o melhor possível.

Não meter-me na tua vida?!!!
Chegou o dia em que nasceste:
Tivemos que comprar algo para dar de recordação aos que te vieram conhecer,
Tivemos que adaptar um quarto para você.
Desde a primeira noite não dormimos. A cada três horas, como se fosses um alarme de relógio,
despertavas para te darmos de comer.
Outras, porque te sentias mal e choravas e choravas, sem que nós soubéssemos o que fazer, pois não sabíamos o que tinhas, até chorávamos contigo.

Não meter-me na tua vida?!!!
Começaste a andar e não sei quando foi que tive que andar mais atrás de "ti", se quando
começaste a andar ou quando pensaste que já sabias. Já não podia sentar-me tranquilo lendo
jornal, vendo um filme ou o jogo do meu time favorito, porque quando acordavas, te perdias da
minha vista e tinha que sair atrás de ti para evitar que te machucasses.

Não meter-me na tua vida?!!!
Ainda me lembro do primeiro dia de aula.
Quando tive que telefonar para o serviço e dizer que não podia ir.
Já que tu, na porta do colégio, não querias soltar-me a mão e entrar.
horavas e pedias-me que não fosse embora.
Tive que entrar contigo na escola, e pedir à professora que me deixasse estar ao teu lado, algum
tempo, na sala, para que te fosses acostumando.
Depois de algumas semanas, já não me pedias que ficasse e até esquecias de se despedir quando
saías do carro correndo para te encontrares com os teus amiguinhos.

Continua na próxima postagem.

Um comentário:

  1. Sei bem o q é isso, pois já fui uma adolescente rebelde, achava q era dona da verdade e hoje sei q meus pais é q tinham razão... nunca é tarde p/ cair na real.
    Renata.

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